segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem

Nessa primeira parte desse texto, Emilia Ferreiro nos trás alguns problemas cognitivos na construção da escrita no desenvolvimento das crianças. Baseada nas teorias piagetiana, ela busca uma resposta para uma questão epistemológica e psicológica de Piaget, que é como acontece processo de desenvolvimento do conhecimento infantil. Para essa indagação, segundo a autora, o problema central seria entender os processos de passagem de um modo de organização conceitual a outro. Nessa busca de modos de organização estáveis que se sucediam em certas ordens, foram detectados modos de representações ou fases que precedem a representação alfabética. Essas fases são: icônica, pré - silábica, silábica, silábica – alfabética e alfabética, cujos conceitos não ficaram bem claros para mim. Assim, a autora fala que não existe nenhuma base conceitual para estabelecer uma distinção dos símbolos não-icônicos. Então as crianças reproduzem esses símbolos sem compreendê-los. Isso cria dificuldades, pois surgem outros problemas depois como, por exemplo, forma gráfica diferente equivalente que não pode ser representada junta. Nesse momento, é utilizada uma ilustração que mostra o uso do singular e do plural pelas crianças. É possível ver que elas utilizam uma “quantidade mínima” de palavra para expressarem formas numéricas diferentes. Outro problema é a questão dos números de letras utilizados pelas crianças. Pois elas não compreendem as propriedades das partes e as da totalidade. Muitas delas, também, enxergam seu nome todo em apenas uma parte do texto. Já em relação a hipótese silábica entra a questão quantitativa e qualitativa na vida das crianças, onde elas aprendem a contar as sílabas para saber quantas letras há na palavra. Assim, elas saberão quantas letras deveram usar, mas não quais letras usarão.

A interpretação da escrita antes da leitura convencional

A criança quando entra na escola ela já trás consigo uma capacidade interpretativa que deverá ser aperfeiçoada na escola para que haja o aprendizado da leitura. Desta forma, cabe ao professor identificar o capacidade de interpretação, se é fácil ou difícil a assimilação pela criança. A autora enfatiza que o processo de leitura só é desenvolvido devido a diversificação de informações que as crianças obteve e não somente a informação visual e não visual. Num exemplo, uma criança de 3 anos chamada Santiago conseguiu identificar letras imprensas em uma carrinho de brinquedo. Ele associou as letras ao carrinho, como se estivesse escrito carro, mas a palavra era México. Assim, as crianças procuram associar as palavras ao contexto que elas se encontram. Esta é a forma que elas tem de interpretação. Outro conceito é a “hipótese do nome”, que mostra que a criança consegue reconhecer a escrita, mas não o que realmente está escrito. Neste momento, a autora trás vários exemplos que mostrando como as crianças desenvolvem seu conhecimentos aos poucos assimilando as informações apresentadas

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